sexta-feira, 31 de agosto de 2012

FNT Guaramiranga, a força que nunca seca

FNT 2012 GUARAMIRANGA
De perto, é difícil entender Guaramiranga e seu festival. É se afastar, para se dar conta de que a cidadezinha se agiganta. Dia desses, ali pelo fim de junho, a atriz Regina Duarte deu início às comemorações de seus 50 anos de carreira. O desafio para celebrar a data foi encenar e dirigir uma nova montagem: Raimunda, Raimunda, colagem de textos do piauiense Francisco Pereira da Silva (1930-1985). Na história dessa peça, a versão recente com a estrela de primeira grandeza soma-se à aventura do coletivo Harém de Teatro, de Teresina, que adaptou a dramaturgia em 1992 e inaugurou com destaque, um ano mais tarde, o Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga.
Nesses quase 20 anos de história, Guaramiranga tornou-se uma referência para o teatro que a região tem produzido e, sobretudo, uma referência para o teatro que está por vir em nossos palcos. Principal vitrine da cena nordestina contemporânea, o Festival de Teatro de Guaramiranga tem seu nome escrito na trajetória de todos os principais coletivos e artistas que se despontaram regional e nacionalmente nos últimos anos. Clowns de Shakespeare, Bagaceira, Máquina, Dimenti, Angú, Magiluth, Ser Tão Teatro, Alfinim... A lista é farta. Toda essa contribuição, no entanto, não tem se traduzido em robustez para o evento, que, ano a ano, se fragiliza ainda mais.
Em 2011, o baque foi o fechamento do Teatro Rachel de Queiroz por conta de problemas graves em sua estrutura física. Agora, um corte sisudo no orçamento. Financiada quase que exclusivamente via Lei Estadual de Cultura, a mostra teve autorização de captação apenas de R$ 180 mil (o valor mínimo, nos anos anteriores, era R$ 300 mil). Resultado: uma redução profunda na programação. Assim, pelo menos desta vez, não teremos, como de costume, espetáculo convidado para a abertura nem para o encerramento, muito menos mostras e oficinas especiais. O 19º Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga será o mínimo possível diante do que já foi. O que não é pouco.
 
Mostra Nordeste
Recorte principal do evento, a Mostra Nordeste reúne este ano nove espetáculos de seis diferentes estados. Em destaque, Bahia, que traz o solo documental Sebastião, de Fábio Vidal, e a montagem Ensaio de Casamento. Vidal é figura conhecida do festival e volta agora com uma criação que reafirma seu talento como ator, tendo como base o inusitado episódio do avião que caiu no interior da Bahia abarrotado de dinheiro. A Paraíba também vem ao Ceará com repertório duplo. O Coletivo Alfenim, de Márcio Marciano, apresenta O Deus da Fortuna; enquanto a Cia. Oxente apresenta Anáguas, texto da célebre dramaturga Lourdes Ramalho.
O Ceará também teve dois espetáculos selecionados. Criaturas de Papel, do Bricoleiros Teatro de Bonecos, divide com Quando as galinhas gemem, do Grupo Teatro em Película, o desafio de representar a nossa cena. Em Quando as galinhas gemem, de Rafael Barbosa, vale destacar a presença de Adauto Garcia no elenco, ator que Guaramiranga já aplaudiu tantas vezes e volta a reencontrar. Completam a lista, a versão de A Lição que vem do Rio Grande do Norte, com direção do talentoso Rogério Ferraz, outro nome que já recebeu muitas palmas em Guaramiranga; Vater, da Drão Teatro da (In)constância, do Maranhão; e Cinema, parceria dos pernambucanos do Espaço Muda com os mineiros da delicada Cia. Clara de Teatro. Bem menor do que já foi, uma coisa é certa, ainda não vai ser desta vez que a programação do Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga vai cair na indiferença.
 
SERVIÇO
Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga
Quando: de 8 a 15 de setembro em Guaramiranga.
Programação gratuita
Outras informações: (85) 3321 1405 ou fntguaramiranga
 
Bate-pronto
LULA
Luciano Bezerra, presidente da Associação de Amigos da Arte de Guaramiranga
O POVO – Você diria que esta edição foi a mais delicada de ser feita?
Luciano Bezerra – A segunda e esta décima nona foram as mais difíceis. O festival nasce em 1993 e não consegue se viabilizar em 1994. Em 1995, a gente volta de um hiato. Ali também foi muito difícil, porque a gente teve que reavivar todo o movimento que fez o festival surgir. Apesar disso tudo, foi uma edição muito simbólica, porque foi quando a Associação de Amigos da Arte de Guaramiranga assumiu a gestão e a realização do evento. Em 2012, a grande complexidade é o financiamento desse evento. Hoje, o festival é feito exclusivamente através das leis de incentivo e só conseguimos autorização para R$ 180 mil.
OP – O maior problema do festival é se viabilizar financeiramente?
Luciano – Nosso problema é financeiro, criatividade não nos falta. Ano passado, por exemplo, quando o Teatro Rachel de Queiroz estava com problemas de estrutura e não pode ser utilizado, nós nos reinventamos e propusemos uma edição para as ruas da cidade. Então, há sempre novas possibilidades, desde que a gente tenha recursos suficientes para isso. Historicamente, o festival teve um orçamento em torno de R$ 300 mil e, em vez de aumentarmos essa margem, estamos é diminuindo. O que é pior é que isso gera dívidas que se transformam numa bola de neve. Estamos fazendo a edição de 2012 com muito menos dinheiro do que sempre tivemos e, o pior: devendo ainda boa parte da edição de 2010, por conta de problemas burocráticos com o Governo.
OP – Vocês chegaram a cogitar não realizar esta edição e voltaram atrás. Por quê?
Luciano – Porque a força deste festival é maior que todos os seus problemas. São 20 anos de história que se impõem e merecem reconhecimento e respeito. Eu, particularmente, como gestor, fico desanimado, mas entendo que Guaramiranga não pode parar. Sobretudo, pela história vitoriosa que tem. O festival tem perdido incentivo e contrapartida local nos últimos anos, mas não perdeu sua visibilidade e sua importância. Eu acredito que, se a gente conseguir ampliar o leque de captação de recursos e se profissionalizar mais na sua produção, o festival pode, sim, voltar a ter edições tão fortes quanto as que teve no passado.
 
FONTE: Magela Lima magela@opovo.com.br
O Povo OnLine
 

domingo, 12 de agosto de 2012

LADEIRA DA PENDANGA COM OBRAS BEM ADIANTADAS

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As obras da Ladeira da Pendanga se encontra atualmente em ritmo bastante acelerados, trabalho muito bem feito em todos os espectros, curiosidade ficou por conta da drenagem profunda nas ribanceiras, feitas com valas rasas e com areia solta, técnica moderna bastante diferente da executada na Ladeira Grande da Palmácia que foi de aproximadamente 2 metros de fundura.
Parabéns a todos aqueles que lutaram para que esta obra se tornasse uma realidade, parabéns ao engenheiro civil Gentil Maio Lima (Til) do DER, e, principalmente ao governador Cid Gomes que teve a audácia de cumprir sua promessa, coisas que nenhum anteriores fizeram, vista que desde a década de setenta que todos governadores que por aqui passaram prometeram e não cumpriram com a promessa.


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Guaramiranga, único Município do Ceará com mais eleitores do que habitantes

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Famoso pelo clima serrano e por atrair turistas de várias partes do País, Guaramiranga é o único Munícipio do Ceará a figurar, entre os 300 municípios brasileiros, com mais eleitores do que o número de habitantes. Os dados foram revelados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Guaramiranga tem 4.058 moradores e 5.412 eleitores, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mesmo com esse quadro considerado atípico, Guaramiranga não passou por correição da Justiça Eleitoral do Ceará, a exemplo do ocorrido com outras cidades brasileiras com número de eleitores superior ao número de habitantes. Os dados do TSE não significam irregularidades, mas chamam atenção quando a proporção de eleitores é superior a 70% do contingente populacional.

TSE JUSTIFICATIVA
Em nota, o TSE afirma que para votar em determinados municípios, vínculos como os profissionais são aceitos. “O cidadão não precisa ter residência no município onde pretenda fixar-se como eleitor, para isso bastando que comprove vínculos que abonem esse requisito (patrimonial, profissional, comunitário, entre outros).”
“Daí decorre que, em alguns casos, notadamente em municípios que apresentem características especiais geográficas, de desenvolvimento de atividade econômica ou produtiva, ou de atrativos de outra natureza, haja incremento no quantitativo de eleitores, superando a própria população residente”, informou o tribunal. “Não há proporção ideal ou legalmente definida.”
Ainda conforme o TSE, em razão disso, “a relação entre eleitorado e população não conduz, por si só, a indicativo de fraude no alistamento eleitorado” e a realização de revisão de eleitorado é de competência dos tribunais regionais eleitorais quando se tratar de suspeita de fraude.
Já as revisões que levam em conta os requisitos estatísticos, o TSE afirma que vem regulamentando essas revisões desde a implantação do Programa de Identificação Biométrica do Eleitorado. Diz ainda a nota que, salvo em situações excepcionais autorizadas pela Corte, estão vedadas revisões de eleitorado em anos eleitorais.
“Desde 2009, o tribunal vem admitindo tão somente a realização das revisões de eleitorado com identificação biométrica até o primeiro trimestre do ano eleitoral, de forma a assegurar a regularização de situação dos eleitores eventualmente cancelados nos procedimentos revisionais até o fechamento do cadastro imposto pelo art. 91 da Lei nº 9.504/97.”

LINHA DA SERRA FOTO HOTEL CABANAS


GUARAMIRANGA UM CASO EXCEPCIONAL
O caso de Guaramiranga é atípico, tudo decorre quando em 2007, o IPECE elaborou pela primeira vez o mapa georeferenciado dos municípios do Ceará, sendo que por erro de interpretação da lei que restabeleceu o município em 1957, o órgão colocou dentro dos limites de Mulungu, povoados seculares do munícipio, como: Linha da Serra, Piaba, Álvaro, Jerumenha, Granjeiro, Barra, Arábia, Betânia,  etc.
Vindo o censo do IBGE, teve como base este mesmo mapa georeferenciado, contou toda a população dos locais referidos para o Município de Mulungu, mesmo sabendo que dentro destas áreas haviam prédios público, como escolas, creches, posto de Saúde, abastecimentos d’águas, etc. administrados por Guaramiranga.
Resultado, população contada para Mulungu mas eleitorados, registros de imóveis, atendimento do PSF, alunos do FUNDEPE, etc. para o Município de Guaramiranga.
O procedimento de revisão do erro encontra-se em andamento na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, mas o erro é incorrigível perante o IBGE e o novo mapa elaborado pelo IPECE só será base a partir de novos censos.

Fontes adicionais

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