José Augusto da Silva,
depois Monsenhor José Augusto Barbosa, nasceu no Sítio Paraiso, da
Vila de Conceição, hoje Guaramiranga, em 18 de agosto de 1882,
batizado no Templo do Senhor do Bonfim de Pernambuquinho, na data de 27
de agosto do mesmo ano, pelo Padre José Raimundo Batista, posto no livro
de batismo de n° 4 (na terceira parte), às fls. 29, sendo filho do português Noberto Cândido da
Silva (*1842+...) que era casado com Anna Maria Barbosa Lima (*1846+...)
filha do Coronel José Barbosa Lima (*1814+1904), residente na Vila de Pendência, hoje Pacoti,
serviram de padrinhos o casal Joaquim Barbosa Lima (*1856–1894) e sua
esposa Maria do Espírito Santo Sampaio (*1860+...) residentes
no Sítio Paraiso.
Era irmão do lendário Artur Cândido Silva
- o Artur Barbosa, que ficou imortalizado nas ficções do escritor Juarez
Barroso, com a personagem, que agia de forma bruta e dinâmica, denominada
de “Artur da Forquilha” nas narrações capitulada na “Peleja do seu Artur
com a mulher da Bahia” dentro de seu livro Joaquim Gato.[1]
A exemplo de seu tio Padre
José Barbosa de Jesus (*1854+1945), seguiu a vocação para o sacerdócio,
ingressando na Arquidiocese de Fortaleza, tendo concluído o curso de
teologia em 1902, mas com 20 anos de idade, não possuía autorização canônica
para ordenação, seguindo para lecionar por dois anos no Colégio de São Francisco
de Assis, em Canindé, sendo finalmente ordenado em 8 de abril de 1905.
Foi então enviado para servir
de pároco da Freguesia e Vila de Camocim, chegando em 25 de janeiro de
1906, logo iniciou a luta pela implantação da Paróquia Bom Jesus dos
Navegante, sendo que o templo antigo, inacabado e minúsculo[2]
teve de ser demolido e construído por ele um novo, qual se conserva na forma
atual, quando então tornou-se Igreja Matriz e foi instalada em dezembro
de 1917, após a bênção realizada pelo Bispo Dom José Tupinambá da Frota,
data em que também foi benzida a imagem de Bom Jesus dos Navegantes.
Fincou em Camocim seu espírito
realizador, em todas as suas dimensões, pelo credo católico fez criar associações
pias de atendendo ao povo em momentos difíceis como as secas, construiu além
das matriz as capelas de Barraquinha, Capim-Açu, e remodelou a de
Guriú.
Empreendedor nato, foi eleito
como primeiro prefeito do município, qual administrou de 1919 a 1920, mas permanecendo
na paróquia até 31 de dezembro de 1929.
Na Capital, logo foi nomeado como lente do Seminário de Fortaleza, passando a exercer diversos cargos administrativos episcopal, como juiz sinodal e consultor, sendo escolhido como membro do Conselho de Administração Arquidiocesano, foi indicado e tendo recebido do Vaticano o título de Monsenhor. Em janeiro de 1931 foi chamado ao Vaticano para servir como assessor do Papa Pio XI.
Voltando da Santa Sé, foi e nomeado Capelão do Patronato Maria Auxiliadora.
Faleceu em Fortaleza em 14 de abril de 1972.
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