GUARAMIRANGA HISTÓRIA
domingo, 5 de março de 2023
sábado, 24 de dezembro de 2022
PADRE JOSÉ RAIMUNDO BATISTA, PRIMÓRDIO DA IGREJA DE SENHOR DO BONFIM DE PERNAMBUQUINHO
As margens do Riacho das Cobras, afluente do Rio Pendência, surgia um Arraial, o registro mais antigo do lugar que nos chega hoje, data do ano de 1860, quando foi noticiado a existência no local de uma grande feira livre.
Com a
criação da Comissão Edificadora do Templo do Senhor do Bonfim de Pernambuquinho,
no ano de 1870, iniciou-se a construção da atual Igreja (foto),
antes era uma Capela no alto, porém já com a invocação de Senhor do
Bonfim, faziam parte desta comissão, Francisco Alves Cavalcante, Joaquim
Alves Lima, Ildefonso Bezerra Lira e Carlos Antônio da Paixão.
Concluído o
templo, no ano de 1873 chega da Cidade de Olinda, Pernambuco,
seu primeiro vigário, o Padre José Raimundo Batista (foto), tradição oral dizem que era primo do Padre
Cícero Romão Batista.
O Padre
José Raimundo Batista, nasceu em São Mateus, atual Cidade de Jucás,
em 31 de agosto de 1827, ordenou-se em 8 de maio de 1859, lente
do Seminário de Olinda de 1859-1873.[1]
Logo ao chegar iniciou a construção do Sobrado que seria sua
residência e casa paroquial(foto), trouxe mestre de obra de Olinda, sendo feito com uma
solidez que até hoje sobrevive em pé, adquiriu também o Sítio Vazantes, nas
proximidades do Arraial que na data já era chamando de Pernambuquinho.
Portador de uma cultura e sociabilidade destacante para a época,[2]
ficou como capelão do Templo
de Senhor do Bonfim por 23 anos, quando em 21 de março de 1896
foi transferido para a Freguesia de Pentecoste.
Faleceu na Cidade
de Sobral em 14 de abril de 1918, aos 91 anos de idade.
Após seu falecimento o Sobrado ficou ocupado pela
professora Dinorah Viera Linhares que era casada com Manoel de
Abreu Mota, nele lecionava a cadeira reunida,[3]
o casal porém nos anos finais da década de trinta partiram para o Rio de
Janeiro, sendo o imóvel vendido pelos familiares do padre ao Dr. João
Otávio Lobo, então médico particular de D. Libânia de Holanda,
do Sítio Uruguaia, que passou a frequenta periodicamente a Serra. No ano de 1940 este vendeu ao casal Lauro Vieira Chaves e Carmem
Leite Barbosa, ela descendente
do Barão de Camocim, que permanece em família até os dias de hoje.
O Sítio Vazantes ficou com o familiar Raimundo Batista de Oliveira e sua esposa de nome Marcionília Maria Batista de Oliveira, que formaram uma numerosa descendência da família Batista, com estirpes em Guaramiranga, Pacoti e Baturité.
____________
[1]
In Silveira, Aureliano Diamantino. Ungidos do Senhor na
Evangelização do Ceará (1700 a 2004) / Aureliano Diamantino Silveira. - Fortaleza:
Premius, 2004. Vol. 2 - pág. 491.
[2] No Sobrado ensinava latim para quem interessasse.
[3]
Ensino público reunindo em uma só sala de aula alunos masculino e feminino, forma então permitida pela Reforma Educacional
do Ceará, datada de 1922.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2021
MESTRE ZÉ XAVIER, UM GRANDE DIAMANTE QUE NÃO PODE SER LAPIDADO
Baseado em sua autobiografia
No Sítio São Salvador,
no dia 25 de março do ano de 1893, nascia um menino, depois batizado pelo nome
de José[1].
Seu pai dos afazeres
de carpina, sonhando por algo melhor na vida, veio a embarcar aventuradamente
para o norte das seringueiras, no ano de 1899, deixando todos sem notícias, ano
seguinte sua mãe sofrida, logo ficou doente e veio a falecer, ficando órfão aos 7 anos de idade, seu pai só veio voltar quatros anos depois, mesmo assim muito adoentado
e três meses após a chegada, veio também a falecer.
Frente a fome e a sede,
foi mandado para morar com a viúva de seu padrinho, Porfírio Nogueira, residente
no Sítio Pilar, no pé da subida à Serra, não se adaptando, foi socorrido pelo
casal José Marinho de Góes e Angelina Ellery, que o enviaram ao Quixadá, passou
a ser interno do mosteiro beneditino, até sua extinção em 1907, depois em 1909 entrou
no colégio franciscano de Canindé.
Vendo que a vocação clérica não era seu destino, pediu ao casal José Marinho de Góes
e Angelina Ellery, seus apadrinhadores, que o levasse para trabalhar em outro ofício, sendo que no ano de 1913,
aos vinte anos de idade, veio morar no Sítio Logradouro.
Foi no Sítio Logradouro que o menino
fez os primeiros contatos com o maquinismo, observando atentamente as engenhosidades das rodas d’aguas, das piladeiras de café e das moedeiras de cana-de-açúcar, decidindo ali seu ofício, esses objetos os seguiram pelo resto da sua vida, como o Mestre Zé Xavier.
Foi então que veio a se familiarizar com nomes como bitola, encabeçamento, pulha, diâmetro, ruelas ou duelas, raio de fundo, esfera, bigorna, passando a consertar, quando possível as máquinas piladeiras de café, que inicialmente eram as americanas das marcas Blymizar, Uruapâ, Engelbergues, depois as brasileiras Amaral por montagens, muito tempo depois, já no ano de 1940 aparecerem as genuínas nacionais, que ficaram conhecidas como máquinas penteadas, bem mais leves e com mecanismo mais simples, que foram principalmente as das marcas Limeira e D’Andreia. Já as moageiras dos engenhos de cana-de-açúcar eram fabricadas na Inglaterra e na Alemanha, sendo o usado como força motriz, tanto na pilhagem do café como na moagem da cana-de-açúcar, inicialmente as quedas d’água e os rodeios puxados a burros, no ano de 1940 em diante, começaram a aparecer os primeiros motores a diesel importados, mas só os mais afortunados tinham capacidade de adquirir.
Em seu dia a dia o Mestre Zé Xavier necessitou e começou a usar cálculos geométricos, com ou sem o uso do PI, para operações em circunferências, áreas, volumes, cubações, etc., tudo para serem usados nas construções dos moldes, que fazia ora de papelão, ora de madeira, para realização dos testes das engrenagens desgastadas ou danificadas, evitando perda de tempo na qualificação das novas peças, que também as fazia a ferro batido a bigorna ou torno, numa verdadeira engenharia reversa tupiniquim.
Em pouco tempo Mestre
Zé Xavier, fez nome e era convidado para soluções dos enguiços,
falhas, anomalias, defeitos e panes “pregos como passou ser chamado” dos mais diversos tipos de máquinas
dos produtores serranos, assim deixou de ser exclusividade de José Marinho, para
servir a Mattos-Britos, Caracas-Linhares, Holandas, etc.
Com seu dom de fino trato com alvenaria, ferragens e carpintaria, construiu por completo a represa do Sítio Paquetá, de Jaime César Caracas, hoje de Amarílio Proença Macedo, com compotas de aço e outros itens modelados.
Depois dos quarenta anos de idade Mestre Zé Xavier começou a observar perdas auditivas progressivas, ocasionados pelos intermitentes túmidos de trinados ferro a ferro, chegando a ficar totalmente surdo, mesmo assim, apenas diminuiu seu ritmo, passando nas horas vagas a compor músicas e versos, mas trabalhou até o final de sua vida, que ocorreu no Sítio Bonsucesso, no dia 19 do mês de novembro do ano de 1987, hoje Mestre Zé Xavier é relembrado com o nome de uma Rua que dá acesso ao Conjunto Frei Domingos.
♪ Não temos culpa do Brasil ter esta mescla. ♫
♪ Desta harmonia vem o fim compensador. ♫
♪ Não é defeito ser mestiço nesta terra. ♫
♪ O que nos honra é nossa vida de labor. ♫
Se tivesse tido capacidade ou a sorte de realizar estudo completo de engenharia mecânica, talvez seria hoje um grande inventor patenteado ou industrial famoso.
[1] José
Xavier Ribeiro Maia, nascido em 25 de março de 1893, no Sítio São
Salvador, Guaramiranga, e falecido em 19 de novembro de 1987, no Sítio
Bonsucesso, Guaramiranga, era filho de Francisco Xavier
Ribeiro Maia, natural de Tabuleiro do Norte e de Maria Francisca do
Amor Divino, natural de São João do Jaguaribe, foi casado com Gertrudes
Ferreira Barros, que era filha de Miguel Ferreira de Barros e
de Maria Ferreira Barros, natural de Vale do Choró, Quixadá.
sábado, 27 de novembro de 2021
O CAMINHO DA FÉ, CAPELA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
Para entender essa caminhada de fé,
remonta-se a Portugal ultramarino, no ano de 1646, quando D. João IV, em agradecimento por ter recuperado a independência em relação a Espanha, fato corrido seis anos
antes, pôs a corroa reservada as rainhas de Portugal, na cabeça da imagem de Nossa
Senhora da Conceição, dizendo que a partir daquela data ela seria a única rainha
de Portugal e, por esta razão, mais nenhum rei ou rainha usarão a coroa real
portuguesa na cabeça, por ser um privilégio exclusivo da Nossa Senhora da
Conceição, nomeando-a a protetora perpétua de Portugal.[1]
O Tenente Coronel Pascoal Correia Vieira, após
cumprir sua missão, resolveu dedicar-se ao comércio crescente do charqueados,
adquirindo uma faixa de terra na ribeira do Sitiá, afluente do Banabuiú, para atividade
pecuária, no ano de 1719 erigiu uma Capela dedicada à Nossa Senhora da
Conceição. Toda área circundante a nova edificação ficou conhecida como Conceição
da Barra do Sitiá.[4]
Sendo ela considerada hoje, a primeira com essa invocação no Ceará.
O fluxo de exploradores e comerciantes
entre a Conceição da Barra do Sitiá, que passou a pertencer a Freguesia
de Campo Maior do Quixeramobim, e a da Aldeias das Missões de Nossa Senhora da Palma, depois Vila Real Monte-Mor o
Novo da América, fundada em 1759,[5]
aumentou consideravelmente,[6]
culminando com a abertura do caminho de acesso em direção a hinterlândia,
ligando esses dois lugares, permitindo que a Vila Real Monte-Mor o Novo da América tivesse amplo acesso aos sertões
e ao vale do Jaguaribe, a partir de Campo Maior de Quixeramobim, caminho
bem visível na primeira Carta da
Capitania do Ceará, de autoria de António José da Silva Paulet, datado de 1818.[7]
Diferente das terras do Sertão onde
foram exploradas por imensas extensões de concessões régias de
sesmarias, as terras do topo da Serra foram demarcadas e exploradas exclusiva
por apossamentos, uma atividade muito árdua e onerosa, demandava dinheiro e muito trabalho
escravo, notadamente porque as divisas eram feitas por valados.[8]
Embora todas terras já apossadas e
demarcadas, o ponto decisivo para o povoamento na área serrana, se deu
pela excelente adaptação do cultivo do café, a partir de 1822, assim, Vitoriano Correia Vieira, então morador de Russas, mas com propriedades na Barra do Sitiá,
interessado na intensificação do movimento no plantio do café, comprou do
posseiro Francisco Felix, uma faixa de terras que que ia do Sítio Macapá ao Sítio
Munguaípe, entre os Sítios Guaramiranga e Bom Sucesso,[9]
qual o denominou de Conceição.
Vitoriano Correia Vieira era filho
do Capitão
Francisco de Brito Pereira, casado com Izabel Correia
Vieira, esta era sobrinha do Tenente Coronel Pascoal Correia Vieira, construtor da Capela da Conceição da Barra do Sitiá, como
não se adaptou as terras serranas, voltou ao Sertão e em 1845 doou parte
das terras adquiridas para a Freguesia de Nossa Senhora da Palma, condicionada que nela fosse construída uma Capela com invocação a Nossa Senhora da
Conceição, semelhante a Capela da Barra do Sitiá. A outra
porção das terras ele vendeu ao sobralense Francisco Pinto Brandão,
enteado de Pedro Lopes de Queiroz, irmão do
proprietário do Sítio Munguaipe, que posteriormente a vendeu ao Capitão José Pacífico da
Costa Caracas, patriarca da família Caracas em Guaramiranga.
Com a construção da Igreja de
Nossa Senhora da Conceição e do Cemitério, o pequeno lugar em franca
prosperidade, passou a ser conhecido como o Distrito de Paz da Conceição,
e em poucos anos, já era uma verdadeira Vila.[10]
Com o crescimento necessitou-se
elevar a categoria de Matriz a Capela de Nossa Senhora da Conceição.
Neste sentido foi apresentado a Assembleia Provincial um projeto de lei (nº 17),
que foi aprovado e transformou-se na Lei nº 1.580, de 18 de setembro de 1873,
assinada pelo Comendador Joaquim Caminho da Cunha Freire, sendo a nova
Freguesia canonizada por Dom Luiz Antônio dos Santos, primeiro Bispo
da Província do Ceará, no dia 21 e novembro de 1873, nesta ocasião foi
empossado seu primeiro vigário, o Pe. Joaquim Romualdo de Holanda.[11]
A Capela Matriz de Nossa Senhora
da Conceição embora já canonizada e com a categoria de sede, ainda não
estava completamente construída e sempre que podia, Pe. Romualdo pedia aos
sitiantes que doassem materiais para seu acabamento. E assim, aos poucos, a
capela ia sendo terminada. Porém, em 1876, Pe. Romualdo foi transferido para a
Freguesia de Redenção, e para substituí-lo veio o Pe. Anastácio de
Albuquerque Braga,[12]
este juntamente com a liderança firme de Ana Bilhar e do devoto Pe.
José Leorne Menescal, conseguiram junto ao Governo Monárquico e
demais lideranças locais, recursos para a conclusão da Capela, dezenas de
flagelados vítimas da seca de 1877-80, trabalharam na construção
final da Capela de Nossa Senhora da Conceição.[13]
A Capela de Nossa Senhora da Conceição, a princípio era muito parecida com a da Barra do Sitiá, caracterizava-se pela torre rente e as janelas ao alto, a atual formação de torre alta mais a frente e as janelas dando lugar a ventilação de forma arredondadas, se deu na grande reforma liderada perante a comunidade pelo Frei Honório de Origgio,[14] no ano de 1947 e finalizada perante o movimento do Ano Mariano de 1953/1954.[15]
Em novos trabalhos de pesquisas deparei com manuscritos datado de 1966, de autoria de José Xavier Ribeiro Maia - Mestre Zé Xavier, onde consta que a Capela de Nossa Senhora da Conceição começou a desmoronar parcialmente em uma de suas lateral, sendo que em 1925, D. Angelina Ellery Marinho de Góes, então residente e proprietária do Sítio Nancy, mandou restaurar completamente a parede e ainda construir o entroncamento da futura torre, tudo inaugurada com celebração pública, pois havia também trazido a imagem de São Francisco de Assis e instalado ao lado do altar da igreja matriz, partindo então toda tradição da celebração franciscana anual, que depois, foi mantida pela vinda dos padres capuchinhos em 1930.
[1]
https://rfm.sapo.pt/content/5105/imaculada-conceicao-o-rei-coroou-a-rainha-de-portugal
A primeira celebração a Nossa Senhora de Conceição em Portugal, ocorreu no dia 8 de dezembro de 1320, em Coimbra.
[2] Pascoal Correia Vieira foi batizado em 20 de fevereiro de 1686, no Povoado de Aldemil, Freguesia de Lanhoso, Conselho de Póvoa de Lanhoso, Braga. Portugal. Era filho de Nicolau Correia Vieira e de Custódia Rabelo Vieira.
[3] Até o século XVIII, os Payaku habitavam os rios Açu, Apodi, Jaguaribe, Banabuiú e Choró. Por sua vez, os Jenipapo e Kanindé, semelhantes aos Tarairiú em língua e cultura, tal como os Payaku, viviam nas várzeas do Apodi, Jaguaribe e Choró. Como outros povos não-Tupi, eles ficaram conhecidos pela denominação genérica de "Tapuias do Nordeste". In https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Jenipapo-Kanind%C3%A9
[4] O Capitão Pascoal Correia Vieira requereu e obteve uma licença para erigir no Sítio uma Capela com invocação a Nossa Senhora da Conceição, perante o visitador eclesiástico português, João Cavalcante Bezerra, formalizado por despacho datado de 27 de maio de 1719, depois de concluída, requereu a Cura da Freguesia de Nossa Senhora do Rosário, de Russas, as benções da Capela, que foi feita pelo Padre Francisco Gomes da Silva. (in Bezerra, Antônio. Algumas origens do Ceará: defesa ao Desembargador Suares Reimão à vista dos documentos do seu tempo / Antônio Bezerra. — Ed. fac-sim - Fortaleza: FWA, 2009) e Ribeiro, Áurea Regina de Araújo. “Senhores e Possuidores”: Família e Poder em Banabuiú (1700-1800). ANPUH-Brasil – 30° Simpósio Nacional de História – Recife, 2019. Fls. 01-02.
[5] A Freguesia de Nossa Senhora da Palma foi criada pelo alvará de 08 de maio de 1758., mas só instalada em 19 de junho de 1762, sendo nomeado seu primeiro Vigário o Padre Patrício Joaquim. A freguesia foi desmembrada de Aquiraz e recebeu a invocação de Nossa Senhora da Palma, em 14 de abril de 1764, foi instalada a Vila Real de Montemor o Novo d’América, pelo Ouvidor Mor Victoriano Barbosa. Este oficializou Nossa Senhora da Palma Padroeira e São João Nepomuceno Padroeiro da nova Vila.
[6] Na crise climática das secas dos anos de 1777, 78 e 79 e 1790-1793 (conhecidas como seca dos três setes e seca grande, respectivamente), esta última foi tão terrível e rigorosa, que durou quatro anos, destruiu e matou quase todo o gado do sertão (Thomaz Pompeu, O Ceará no Começo do Século XX, pág. 255), isso foi o motivo de serem abertos caminhos entre os dois locais, onde parte do gado foram levados, mas a maioria acabou sendo dizimado. Evidenciando a necessidade de um local mais úmido para salvar matrizes de reprodução. Os sertanejos temerosos das destraças da fome, da sede e da morte de seu gado, procuraram aproximar-se das serras, garantindo assim um local para refrigerar os rebanhos e para saciar sua própria sede. (in Farias, Francisco Marcélio de Almeida. Nossa história de Conceição à Guaramiranga. Fortaleza: Gráfica e Editora. Fortaleza, 2001. fls. 07).
[7] Paulet, Antônio José da Silva. Carta da Capitania do Ceará levantada por ordem do governador Manoel Ignácio de Sampaio [Cartográfico] [S.l.: s.n.], 1818. [S.l.: s.n.], 1818. Disponível no sítio da Biblioteca Nacional.
[8] Os valados constituíam de escavações em regos extensos, sendo o meio de “fechar” as terras na Serra, por ser menos oneroso do que a construção com muros de pedra ou as de madeiras, essa última, comumente conhecida nos sertões por caiçaras, dotados da vantagem suplementar, servem também de canais de drenagem.
[9] Farias, Francisco Marcélio de Almeida. Nossa história de Conceição à Guaramiranga. Fortaleza: Gráfica e Editora. Fortaleza, 2001. fls. 09.
[10] Farias, Francisco Marcélio de Almeida. Nossa história de Conceição à Guaramiranga. Fortaleza: Gráfica e Editora. Fortaleza, 2001. fls. 09.
[11]
Cônego Joaquim Romualdo
de Holanda. Nasceu em São João do Tauape, Fortaleza, em 25 de agosto de
1844. Batizado a 20 de outubro pelo Padre Carlos Augusto Peixoto de Alencar.
Filho de Manoel Romualdo de Holanda e Dona Maria Augusta de Holanda. Ordenado
em Fortaleza, a 30 de novembro de 1870. Primeiro Vigário de Guaramiranga. 21
novembro de 1873/1876. Cf. Francisco Augusto de Araújo Lima, Famílias
Cearenses.
[12]
Padre Anastácio de Albuquerque Braga.
Nasceu em 22 de maio de 1842, Maranguape, onde faleceu aos 28 de dezembro de
1888. Recebeu a ordem do Presbiterato aos 21 de setembro de 1869. Foi Vigário
em Guaramiranga, CE. Cf. Francisco Augusto de Araújo Lima, Famílias
Cearenses.
[13] Farias, Francisco Marcélio de Almeida. Nossa história de Conceição à Guaramiranga. Fortaleza: Gráfica e Editora. Fortaleza, 2001. fls. 14.
[14] Frei Honório de Origgio, OFM
Cap, Henrique Airoldi. Nasceu a 28 de outubro de 1897, em Origgio, Província de
Varese, Lombardia, Itália. Era filho de César Airoldi e Carolina Monza.
Ordenado em Milão, em 2 de Junho de 1928. Superior do Convento de Guaramiranga,
1937/1940. Vigário de Guaramiranga, quando reformou a Matriz de Nossa Senhora
da Conceição e reconstruiu o Cemitério, incansável vigário não se poupava,
ele mesmo trabalhava, calejando as mãos, para adornar a casa de Deus. Faleceu repentinamente, em
Guaramiranga, no dia 10 de Junho de 1946, sendo sepultado em Fortaleza. Cf.
Francisco Augusto de Araújo Lima, Famílias Cearenses.
[15] O Papa Pio XII ordenou um Ano Mariano entre dezembro de 1953 a dezembro de 1954, o primeiro da história da Igreja. Os católicos foram chamados para comemorar o centenário da definição do dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria.
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