sexta-feira, 9 de setembro de 2011

PERNAMBUQUINHO INICIA NOVENÁRIO DO SENHOR DO BONFIM

CAPELA-SENHOR-DO-BONFIM-PERNAMBUQUINHO
Começou hoje, sexta-feira, dia 9 de setembro o novenário de Senhor do Bonfim, em Pernambuquinho, Guaramiranga, Ceará.
Veja a programação dos novenários abaixo:

DIA
COMUNIDADES / RESPONSÁVEIS
PARTE SOCIAL
Dia 9 – Sexta feira
Celebrante. Frei Glauber
(Pároco)
Comunidades: todas as Comunidades
Responsáveis: Todas as famílias
Desfile das rainhas, bingo, barracas e outros
Dia 10 – Sábado
Celebrante. Frei Glauber
(Pároco)
Comunidade: Forquilha e Subdivisão
Responsáveis: Dolores, Marliete, Rosa, Rosinha, Solange, Vanusa, Rita Freire, Rita Almeida, Júlia, Gorete, Sayonara, Fátima e todas as Famílias.
Seresta, bingo e barracas
Dia 11 – Domingo
Celebrante. Frei Roberto
(Cúria Provincial)
Comunidades: Nova Fortaleza, Agostinho e Subdivisões
Responsáveis: Terezinha, Amelinha, Célia, Fcª Helena, Amélia Lucas, Eliane, Gleuce, Benedita, Didi e todas as Famílias.
Bingo, Seresta e barracas
Dia 12– Segunda-feira
Celebrante. Frei José Maria
(Vigário Paroquial)
Comunidades: Apostolado e Grupos de Melhor Idade
Responsáveis: Equipe do CRAS
Bingo e outros
Dia 13 – Terça-feira
Celebrante. Frei Glauber
(Pároco)
Comunidade: Terço dos Homens, Cheche e Escola Rodrigo de Argolo Caracas
Responsáveis: Cícero, Jorge, Benedita, Furtado e Catarina
Bingo e barracas
Dia 14 - Quarta-feira
Celebrante.
Padre Mascarenhas
(Pároco de Pacoti)
Comunidades: Linha da Serra, Betânia e Subdivisões.
Responsáveis: Teresa, Selma, Elenice e demais famílias
Bingo e barracas
Dia 15 – Quinta-feira
Celebrante. Padre Nonato
(Pároco de Redenção)
Comunidade: Grupo Graça e Paz (Pacoti)
Responsáveis: Andrelina e Toni
Bingo, barraca e roda  de capoeira de Mulungu e Guaramiranga
Dia 16 – Sexta-feira
Celebrante. Padre Claudio
(Vigário Episcopal e Pároco de Aratuba)
Comunidade: Botija e Subdivisão
 Responsáveis: Berenice, Simone, Mazé, Aurilene, Kellen, Rita Lopes, Eva e demais famílias.
Bingo, barracas e outros
Dia 17 – Sábado
Celebrante. Padre Marcos
(Pároco de Mulungu)
Comunidade: Pernambuquinho e Subdivisão
Responsáveis: Comerciantes e todas as famílias
Leilão e outros
Dia 18 – Domingo
Celebrante. Frei Glauber
(Pároco)
Procissão e Santa Missa
Desfile das rainhas, bingo e prestação de contas

HISTÓRICO DE SENHOR DO BONFIM
ORIGEM
Cidade de Setúbal, em Portugal, ano 1669/1670, foi achada uma imagem correspondente à décima segunda estação da via sacra. A comunidade cristã mobilizou-se para lhe dar um “bom fim” sendo erigida uma ermida sob a invocação do “Anjo da Guarda” que depois passou a se chamar “Igreja do Senhor do Bonfim”.
Na verdade Senhor do Bonfim segundo a devoção católica é uma figuração de Jesus Cristo em que este é venerado na visão de sua morte, remete-se então sua origem a sua boa-morte, aqui Jesus Cristo é identificado como o salvador da humanidade, ao ter sido sacrificado em resgate pelo pecado original. Na arte e na simbologia icónica cristã, é frequentemente representado por um cordeiro com uma cruz, as fundamentações bíblicas são os seguintes trechos:
"Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo" (João, 1:29).
“Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por TODOS, logo todos morreram. E ele morreu por TODOS, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2Corinto, 5:14-15).
“Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de MUITOS, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hebreus, 9:28).
NO BRASIL
De Portugal vem para a Bahia o capitão-de-mar-e-guerra Theodósio Rodrigues de Faria, representante da Câmara de Fumo de Portugal na Província.
Dizem que em 1745, viajando para a província da Bahia, e sofrendo durante a sua viagem avariações em sua nau, o capitão Teodósio Rodrigues de Farias, devoto ao Senhor do Bonfim de Setúbal, fez a promessa de que, chegando a salvo à cidade de Salvador, construiria uma igreja num local alto onde as pessoas que chegassem pelo mar, da Baía de todos os santos, pudessem avistar o templo.
Promessa realizada a capela foi iniciada no mesmo ano de 1745, terá sua fachada pronta em 1772, época posterior à colocação da imagem de Nossa Senhora da Guia (1754) que proporcionou festejos nos domingos posteriores à festa do Bonfim.
A devoção logo se espalhou por todo o nordeste brasileiro.
A DEVOÇÃO NO CEARÁ E EM PERNAMBUQUINHO
No século XVIII, poucas eram os caminhos para se penetrar no interior do Ceará, sendo Aracati que no ano de 1748 foi elevada à categoria de Vila que a época era conhecida como Vila de Santa Cruz do Porto dos Barcos, o principal ponto de entrada dos colonos e das grandes embarcações utilizadas para o transporte e exportação de seus produtos.
Foi ali que surgiu uma das primeiras capelas no Ceará com a invocação a Senhor do Bonfim, inaugurado no ano de 1772.
Nos sertões cearenses eram muitas as devoções por Senhor do Bonfim, contam que um dos revolucionários da Confederação do Equador, condenados ao fuzilamento em Icó, de nome Antônio Pluma, mas conhecido como “Pau Brasil”. Ao ser levado para frente do pelotão, ele resiste. Os soldados amarram-no a uma cadeira, põem-lhe o capuz. Ao ouvir a ordem de disparo, ele grita: “Valei-me Senhor do Bonfim”. Nenhum tira lhe acerta: os soldados preparam a segunda carga. Ele repete o grito de socorro: sai vivo. Os soldados recarregam e atiram no novo; Pluma invoca novamente o Cristo: “Valei-me Senhor do Bonfim”: alguns tiros pegam de raspão. Os soldados se preparam para nova carga. O povo que assistia ao fuzilamento corre e abraça Pluma, impedindo o fuzilamento. Ele é carregado para a Igreja Senhor do Bonfim, que fica a cerca de 200 metros da Casa de Câmara e Cadeia. Ele não é mais importunado.
Arraial dos riachos das cobras, este era o nome primitivo de Pernambuquinho. Surgia ali entre a volta do rio que o corta, com suas margens repletas de canaviais ao estilo de Pernambuco, uma pequena feira que aos poucos foi se ampliando.
Vendiam-se ali todas as novidades vindas pelo vale do Jaguaribe, mais precisamente do porto de Aracati, já originados de Pernambuco e alguns até de ultramar.
Em face da origem das mercadorias tornou-se costume dos sitiantes sempre que iam aquela feira dizerem: “vamos a Pernambuquinho”, junto a semelhança do lugar com seus canaviais, o nome pegou.
Tive acesso a documentos eclesiásticos valiosos quem estavam arquivados na cúria do arcebispado, a época no prédio do subsolo da catedral de Fortaleza, ali foi possível copiar uma carta enviada pela comissão edificadora do Templo de Senhor do Bonfim de Pernambuquinho ao Bispo da Diocese do Ceará, D. Luís Antônio dos Santos, datada de 14 de novembro de 1871, onde narra que a comissão foi criada no mês de julho do ano de 1870 e faziam parte desta comissão: Vicente Bezerra Lira, Antônio Alves Cavalcante, Joaquim Alves Lima, Ildefonso Bezerra Lira e Carlos Antônio da Paixão, que a dita capela encontra-se quase concluída faltando apenas recursos para sua finalização. Desta comissão apenas pude identificar Vicente Bezerra Lira e seu filho Idelfonso Bezerra Lira, naturais de Riacho do Sangue, atual Jaguaretama, moradores do sítio Limoeiro, foram os patriarcas da família Bezerra, que hoje ainda possui descendentes em Pernambuquinho.
Em 1873, chega de Olinda para vigariar a capela de Senhor do Bonfim, recém-erguida, o Padre José Raimundo Batista, dizem que era primo do Padre Cícero Romão Batista, logo comprou o Sítio Vazante, construiu um sobrado onde ensinava o latim, permaneceu aqui até 1897, quando então foi vigariar a capela de Nossa Senhora de Conceição da Barra, no atual Pentecoste.
O padre José Raimundo Batista, nasceu em São Mateus, atual Jucás, no Ceará, em 31 de agosto de 1832, ordenou-se em Olinda, Pernambuco, em 8 de maio de 1859. No ano de 1907 foi para Sobral onde la faleceu em 1918. Era filho de José Antônio Batista e de Teresa Maria de Jesus, naturais da freguesia Nossa Senhora do Carmo dos Inhamuns. Os jornais da época muito o elogiavam como cheiro de virtudes cívico-morais, cortesia e simpatia pessoal.
A capela de Senhor do Bonfim foi entregue aos frades capuchinhos, em 1 de janeiro de 1927.
Na década de cinquenta houve visíveis modificações com a construção das escadas em espiral e o coro realizado por Frei Hermes de Spirano (Bérgamo). A mudança de todo o forro foi realizado por Frei Mariano de Aquiraz que contou com a ajuda de vários sitiantes onde ainda hoje se encontra seus nomes em cada átrio da igreja.
Houve outras reformas mais recente, mas pouco modificou-se da original. 

Um comentário:

  1. Esclareço que vai ser uma roda de capoeira da Fundação Arte Brasil Capoeira de Guaramiranga e Mulungu, http://artebrasilmacico.blogspot.com, logo após a missa do dia 15/09.

    O Por quê de Guaramiranga e Mulungu é que nos dois Municípios, a Fundação Arte Brasil Capoeira tem a frente o Contramestre “Nir”, ele sempre integra os Municípios. Assim como eles vem pra cá, nós sempre vamos visitá-los em Mulungu.

    Ivan Valentim

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