sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Guaramiranga será sede do I Curso de Ofidismo do Ceará

Serpente
A Coordenadoria de Promoção e Proteção da Saúde da Secretaria de Saúde do Ceará, através do Núcleo de Vetores, em parceria com a Escola de Saúde Pública do Ceará, promoverá, no período de 26 a 30 de setembro, o I Curso de Ofidismo para profissionais da Vigilância em Saúde, com carga horária de 40 horas, no município de Guaramiranga.
Direcionado aos técnicos de Vigilância em Saúde de 10 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRES) e NUVET, o curso objetiva desenvolver nos técnicos conhecimentos, habilidades e atitudes no manejo com animais ofídicos. As competências adquiridas neste curso possibilitarão que esses profissionais tornem-se multiplicadores de saberes e condutas referentes ao ofidismo, possibilitando a melhoria de suas práticas. Foram ofertadas 25 vagas no total, distribuídas da duas vagas para 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª e 10ª CRES e cinco vagas para técnicos do NUVET.
Os acidentes com animais peçonhentos, mesmo em áreas urbanizadas, são considerados um problema de saúde pública no Brasil e em muitas partes do mundo. Hoje, se registram acidentes por escorpião, aranha, abelha, peixe de água doce, lagartas (mais recentemente) e por picada de cobra, considerado o acidente mais frequente. Apesar das tentativas de produzir dados epidemiológicos fidedignos, é possível que, na maioria dos países do mundo, os acidentes sejam subnotificados.
No caso dos acidentes por serpentes, estima-se que ocorram todos os anos cerca de 5 milhões de casos, com mortalidade entre 50 mil e 100 mil. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que ocorram anualmente 18 a 22 mil acidentes ofídicos, sendo mais de 90% pelo gênero Bothrops. Os acidentes ocorrem essencialmente em áreas rurais, muitas vezes afastados da zona urbana, daí a importância da conscientização e da abordagem educativa, uma vez que nos locais ermos onde ocorrem a maioria dos acidentes existem problemas sócio-econômicos primários, como carência de educação básica e de acesso aos centros de saúde. Essas necessidades terminam por agravar os acidentes ofídicos e aumentar suas taxas de morbidade e letalidade.
FONTE:
Assessoria de Comunicação e Marketing da ESP-CE
Mais informações nos telefones (85) 3101-1400/(85) 3101-1407.


Curiosidades sobre serpentes e ofidismo

• No Brasil, a expressão “cobra” é utilizada como sinônimo de serpente. Como este primeiro termo se refere aos indivíduos pertencentes ao gênero Naja e Ophiophagus, o segundo acaba sendo o mais apropriado.
• De hábitos carnívoros, as serpentes executam importante papel no controle populacional de outros animais – inclusive aqueles considerados pragas para os seres humanos, como ratos.
• Serpentes venenosas podem ou não ser peçonhentas. O que difere um tipo do outro é que estas últimas possuem dentes inoculadores de veneno.
• Aproximadamente 60% das mordidas de serpentes são provocadas por espécies peçonhentas.
• Quase todas as serpentes peçonhentas possuem fosseta loreal, as exceções são serpentes do grupo Elapíneos, tendo como exemplo as corais verdadeiras.
• No Brasil são registrados mais de 20.000 acidentes ofídicos por ano e a maioria acontece nos meses quentes e chuvosos.
• Os maiores índices de ofidismo no Brasil estão na região Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
• A maioria dos acidentes ofídicos é causada por jararacas (mais de 90%).
• A letalidade geral de mortes causadas pelo ofidismo é de 0,45%, sendo as cascavéis as principais causadoras.
• A necrose muscular esquelética, causada pelo veneno das cascavéis, provoca a liberação de mioglobina, conferindo à urina do paciente uma cor de tonalidade avermelhada ou até marrom.
• Na Amazônia, algumas corais verdadeiras podem não apresentar anéis coloridos pelo corpo.
• O primeiro soro antiofídico foi fabricado por Louis Calmette, em 1894, em Lille, França. No Brasil, a produção deste soro deu início em 1901, no Instituto Soroterápico do Estado de São Paulo, atual Instituto Butantan.
• Os soros são específicos para o tipo de serpente responsável pelo ofidismo.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

http://www.brasilescola.com
 

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